Bin Laden, que morreu ontem (domingo), aos 54 anos, em um ataque a seu esconderijo em Abbottabad (Paquistão), tinha as mãos manchadas com o sangue de milhares de inocentes mortos em ataques terroristas nas últimas décadas.
Além disso, Bin Laden foi o grande defensor da guerra santa islâmica, que reunia grupos militantes de diferentes países sob um só lema: o de uma irmandade sem fronteiras em defesa do Islã.
Essa ideia bastou para sustentar uma sólida base de operações que transformaria Bin Laden, inclusive antes dos atentados de 11 de setembro de 2001, no "inimigo público número um" de Washington.
No entanto, os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011, que resultaram na morte de mais de 3 mil pessoas, foram um divisor de águas na política externa americana e deram início a uma "guerra contra o terror" com o objetivo de encontrar e capturar Bin Laden.
A busca durou quase dez anos, período em que o paradeiro do líder da Al Qaeda foi a grande incógnita para os serviços de inteligência americanos que rastreavam as regiões montanhosas fronteiriças entre o Afeganistão e o Paquistão.
Bin Laden morre caracterizado por Washington como o grande vilão das últimas décadas, que perdeu a vida como ele mesmo muitas vezes previu: pelas mãos de seu pior inimigo.